Ensino da Geografia

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Introdução

Este blog na forma de portfólio foi um trabalho criado na disciplina de “Estagio Vivencia e Docência”, pela Profª Drª Rosely Sampaio Archela.Com objetivo de ilustrar e dinamizar o conhecimento entre os pessoas que possuem interesse pela área de docência, além de familiarizar os professores com conceitos e ferramentas das tecnologias da informação e comunicação.Os visitantes e avaliadores deste portfólio encontrarão as atividades que o discente Agnaldo Nascimento realizou, sendo estas: a elaboração de um artigo, onde fala sobre o portfólio como ferramenta pedagógica e sua importância para a Geografia, como meio de ensino - aprendizem e avaliação, há dois textos que dizem respeito aos Parâmetros Curriculares Nacionais e também uma resenha sobre a Geografia na Escola. Uma outra atividade realizada que também consta neste blog é um plano de aula simulada, na qual foi preparada pelo discente para ser apresentada em sala de aula. E por fim o relatório do estágio das aulas que foram observadas nas escolas.

Relatório de Estágio de Observação 1° semestre



Introdução

Durante o primeiro semestre foi realizado, em escolas escolhidas a critérios dos alunos, estágio de observação. Essa atividade é recomendada a todos os alunos que pretendem se formar em licenciatura.
Meu estágio foi realizado juntamente ao minha colega de classe Joyce Leitão. Escolhemos para a realização da atividade uma escola pública, a fim de ser possível a apreender a realidade da maioria dos estudantes brasileiros.
A escola escolhida foi o Colégio Estadual Padre José de Anchieta.Esse colégio é considerado um dos melhores da cidade de londrina, de forma que encontramos boas condições estruturais. As aulas observadas foram referentes a disciplina de Geografia.
A relação aluno-professor.As salas são geralmente cheias, contando com cerca de 40 alunos cada. As crianças, principalmente dentro da escola pública, são oriundas de realidades múltiplas. Realidades distintas não somente no sentido sócio-economico, mas também no sentido cultural. Cada criança apresenta um comportamento ímpar de forma que o professor tem que estar atento a estes nuances para que sua prática não venha a prejudicar o aluno.Em salas de quinta e sexta série, percebemos que existe um respeito muito grande pela figura do professor. Respeito pelo medo que o professor possui de dar punições, como pontos negativos, mandar para a diretoria, mudar de carteira.
Contudo mais que o respeito a figura do professor, o comportamento destes púberes é inquieto. Os alunos procuram estar sempre sentados p´roximo a seus amigos com o interesse de partilharem suas descobertas sobre o mundo, isso gera dentro da sala de aula conversas paralelas constantes e o professor tem que interromper a aula muitas vezes para pedir aos falantes que se calem.Essa ansiedade própria de crianças dessa faixa etária faz com que grande parte da aula seja destinada as tentativas do professor de organizar a sala de aula e de esperar dos alunos que se acalmem.
Talvez existam professores que controlem mais a situação que outros, mas deivdo a etapa de desenvolvimento destas crianças o comportamente é comum, contudo as respostas que as crianças vão dar ao professor mediante seu pedido de silêncio encontra seus moldes na vida que este estudante tem fora da escola, juntamente a sua família e a todo seu círculo social.
Neste sentido é que afirmo que as realidades são distintas, e que essas realidades distintas acabam por interferir em um ambiente neutro que pretende ser a sala de aula. Interfere na medida que cada um interpreta as reaçãos professor/colega de forma própria, sendo bastante complexo para o professor da conta de uma organização de maneira eficaz e rápida.


O conteúdo

O conteúdo ministrado no ensino fundamental é bastante simples, próprio para que as crianças não tenham dificuldade de assima-lo. Não penso que a dificuldade de assimilar um conhecimento mais complexo exista no alunado, antes penso que a dificuldade para que se exija uma maior grau de abstração está baseado no fato de que o aluno nesta fase de sua vida se defronta com muitas informações novas para absorver em sua vida, muitas vezes não sobrando o espaço necessário em suas mentes que requer o conhecimento científico.
Prova disso é a impressão que temos de que as crianças, principalmente aquelas da periferia, onde as possibilidades de lazer são menores, veem a escola como lugar de recreação, de reencontrar os amigos e não como o lugar do estudo e da aprendizagem cientifica.Portadores de Necessidades Especiais na Sala de Aula.
Em minha sala de aula não encontrei nenhum aluno portador de necessidades especiais mais graves. Na sala havia um aluno dilexo, e o que foi percebido em relação a este problema foi o despreparo do professor em auxiliar este aluno, ou mesmo a falta de tempo do professor, de oferecer a um aluno diferenciado a atenção que este requer dentro de uma sala cheia de outros alunos tentando chamar-lhe a atenção.
Isso me fez pensar a respeito das necessidades especiais mais graves. Até que ponto as escolas estão sendo preparadas para receber este tipo de alunado? Até que ponto a formação cultural das crianças aceita receber sem preconceito uma criança especial em seu meio?
O Professorado.Na sala dos professores encontramos muitas reclamações em relação ao Estado e ao ensino. Muitos professores dispostos a exonerarem seus cargos. Muitos relatos de violencia em sala de aula.Percebemos que o professorado é uma classe trabalhadora muito desgastada, devido a grande carga horária a que são submetidos devido aos baixos salário e também devido as condições de desgaste físico e psicológico, principalmente naquelas escolas em que o índice de violência é maior.


Recursos Didáticos

Observamos que o professor utilizou poucos recursos para o ensino. Todas as aulas assistidas limitaram-se ao uso do livro didático e explicação verbal do professor.
Sabemos das dificuldades encontradas pelas escolas públicas para adquirirem material, contudo para tornar mais eficiente a assimilação do conteúdo o professor poderia ter usado o quadro-negro e eventualmente mapas.
Em conversa com o professor, ele nos contou com o Governo do Paraná distribuiu para todos os professores da rede pública pen-drives, afim de que o uso do quadro-negro seja extinto e substituído pelo aparelho de tv. Suspeitamos da eficácia deste programa no sentido de melhorar o ensino público, afinal o problema da escola pública não é a deficiência de técnicas didáticas do professorado, mas sim na impossibilidade deste professorado ministrar as suas aulas devido a falta de material básico, como livros de qualidade para cada um dos alunos.

Conclusão

O estágio nos colocou em contato com a realidade, nos proporcionando ampliar nosso campo de visão acerca da educação. Com ele descobrimos que a profissão professor é muito mais complicada do que imaginam os diversos grupos sociais, ao contrário, o professor esta exposto a um desgaste físico e emocional devido ao desafio de organizar/ensinar cerca de 40 alunos de uma vez só. Para dificultar ainda mais este desafio encontramos professores mal remunerados, se mostrando infelizes e desmotivados.
Em conversas na sala dos professores, percebemos a ausência de uma reciclagem de qualidade dos professores da rede. Os cursos de capacitação do Governo se mostram deficitários e paliativos, de modo que nos deparamos com pessoas desatualizadas de sua área de ensino.
Outro problema é a dificuldade de ensinar crianças que vem de situações sócio-economicas precárias, que não possuem alimentação de qualidade, que passam frio, ou ainda aquelas crianças que não são estimuladas dentro de casa, que ao longo de sua vida não tiveram a oportunidade de desenvolverem o conhecimento.
Os obstáculos para uma educação mais eficiente requer não somente o empenho do professor, apregoado por aquelas frases "escola, é a gente quem faz.";"Se tiver boa vontade dá para muita coisa."; "Se cada um fizer sua parte.", uma melhor educação eficiente somente seria possível se os alicerces ideológicos da sociedade fossem outros, contudo mediante os empecilhos históricos para se conseguir essa mudança, acreditamos que um melhor investimento na pessoa "professor" e o olhar para a realidade do educando sejam um dos caminhos para fazer com que o conhecimento chegue no aluno.

Artigo sobre portfólio

Portfólio como ferramenta pedagógica


Resumo


Este trabalho é resultado de uma pesquisa a respeito do tema portfólio e sua importância para o ensino de geografia. Uma vez que este foi utilizado pela disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, ofertada ao 3º ano do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina como instrumento de avaliação para esta disciplina.Não apenas como meio de avaliar os discentes, o portfólio também serve como um novo recurso didático para a prática de ensino, onde os alunos podem expor as atividades que desenvolvem ao longo do curso e até mesmo trocar informações com outras pessoas através da internet, pois ele é realizado através de um bloggler, que nada mais é do que um serviço que oferece ferramentas para os indivíduos publicarem textos na internet.Palavras – chave: Portfólio, ferramenta, aprendizagem, ensino.Introdução
O termo portfólio é de origem anglo-saxônica que designa o conjunto de títulos e ações de um investidor, individual ou institucional. Ou: Documento formal que apresenta as experiências de aprendizagem fora da escola, sendo utilizado para solicitArte, fotografia e publicidade.O Portfólio pode também ser considerado um material acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de sucesso voltado ao melhor resultado de uma pesquisa ou de um trabalho. São situações interpessoais, que individualmente agregam valores ao processo através de experiência desenvolvida dentro de um determinado período de tempo, por uma análise contínua durante a evolução de um projeto, identificando possíveis potenciais problemas que possam ocorrer no decorrer do processo.Um artista, arquiteto, publicitário, designer ou modelo de moda pode apresentar um porta-fólio de seu trabalho realizado até aquele momento, visando conquistar novos trabalhos. Neste caso, consiste de um conjunto de fotografias, recortes de jornais e revistas, peças produzidas ou outros registros de sua trajetória.O portfólio também vem sendo usado na educação, tanto por alunos como por professores, com o objetivo de fazer uma reflexão crítica sobre o seu processo académico, visando a melhoria de competências, atitudes ou conhecimentos.O Portfólio como instrumento para a educaçãoO portfólio enquanto instrumento pedagógico é utilizado pelos alunos como uma forma de expor as atividades desenvolvidas com as disciplinas, para isso se faz necessário que haja uma coletânia de textos ou atividades que foram desenvolvidas em um período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e detalhada da aprendizagem. Ele reflete também a identidade de cada aluno em cada contexto, enquanto construtores do seu desenvolvimento ao longo da vida. Permite uma verdadeira avaliação contínua.O portfólio pode ser utilizado para uma futura avaliação do professor, distinta dos testes utilizados atualmente que analisa a aprendizagem em um único documento.Tradicionalmente ligado ao mundo das artes visuais e da moda, o conceito de Portfolio quebrou fronteiras e adquiriu uma reconfiguração específica no campo educativo. O Portfolio de Aprendizagem é uma ferramenta pedagógica que permite a utilização de uma metodologia diferenciada e diversificada de monitorização e avaliação do processo de ensino e aprendizagem, não descurando a atenção à carga de afectos inerente à situação de aprendizagem.O uso de portfolios de aprendizagem dá relevância e visibilidade ao processo formativo de aquisição, treino e desenvolvimento de competências. O seu carácter compreensivo, de registo longitudinal, permite detectar dificuldades e agir em tempo útil, ajudando o aluno a melhorar.Possibilita a compreensão tanto da complexidade, como das dinâmicas de flutuação do crescimento do saber pessoal. Valoriza e fomenta a reflexão sobre aprendizagem, o que conduz ao desenvolvimento da meta-cognição e ao aprofundamento do auto-conhecimento.Com o avanço tecnológico chegando às escolas, o portfólio tornou-se em sua versão eletrônica o webfólio, transpondo suas publicações de documentos para web.A coletânea de trabalhos, provas, exercícios, contidos na pasta individual, permitem construir, entre outras coisas, o perfil acadêmico do aluno, refletindo o ritmo e a direção de seu crescimento. Esta ferramenta pode ser comparada como uma espécie de “diário do aluno” e apresenta grande importância para todas as matérias, inclusive a geografia, pois neste material são expostos os trabalhos do aluno, que são as produções acadêmicas mais atuais, sendo assim, pode ser acessado qualquer tipo de estudo relacionado a qualquer tipo de aprendizagem de maneira dinâmica e eficiente. São os avanços tecnológicos auxiliando cada vez mais na produção do conhecimento.O portifólio deve ser trabalhado corretamente, deve haver um padrão para que todos possam usufruir das pesquisas e trocar informações que é o principal objetivo do portifólio. Trocar informações entre os pesquisadores e a todos que queiram ter acesso àquele conteúdo.Para utilizar o portifólio como instrumento de avaliação nas escolas, é preciso primeiramente que se estabeleça algumas regras e padrões para que todos os blogs fiquem parecidos quanto a sua estrutura, o que facilita o acesso ao conteúdo.Apesar das dificuldades encontradas por alguns alunos de organizar e estruturar o portfólio, posteriormente reconhecem-no como importante instrumento reflexivo, não só para o professor avaliar o aluno, mas, principalmente, para a formação individual.Para a Geografia o portfólio pode ser um grande aliado não só como ferramenta pedagógica, mas também a seus objetos de estudos tais como a paisagem, onde o aluno poderá ter acesso mais facilmente ao encontro de lugares e paisagens sem necessariamente sair a campo.Considerações FinaisO Portfólio é uma nova ferramenta pedagógica para a educação. Entretanto sabemos de todas as dificuldades e debilidades do ensino no Brasil, onde ainda uma maioria não tem acesso a todos os meios de informação, tais como a internet.Para o aluno ele pode ser utilizado como um meio de organizar os seus trabalhos e até mesmo de rever os conteúdos que foram estudados, ao longo do período/ano.Já para os professores pode ser utilizado como um meio de avaliar o desempenho de seus alunos, conhecendo-os individualmente, pois no portfólio está contido, além da aprendizagem a personalidade de cada um.Por fim pode ser um grande auxílio no ensino de Geografia, uma vez que a disciplina é dotada de aulas práticas que promovem um maior desenvolvimento intelectual de seus alunos, e este poderá ser utilizado como um novo recurso didático.


Conclusão


Fizemos aqui um breve relato com relação ao nosso primeiro contato com a sala de aula, por meio do estágio de vivência,falamos a cerca das condições físicas da escola, a relações professor-aluno e aluno-aluno, além da forma de abordagens de conteúdos geográficos.O estágio foi de foi muito importante, porém 10 horas é muito pouco pra a busca da compreensão de ser professor.Com está experiência procuramos fazer uma discussão em sala de aula juntamente com o professor para que possamos melhorar cada vez através das experiências trazidas pelos nossos companheiros.


Referências BibliográficasWikipédia. Disponível em . Acesso em 08 de junho de 2008.Portfólio uma ferramenta pedagógica. Disponível em .Acesso em 08 de junho de 2008.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO 2° SEMESTRE

Resumo


Atendendo as exigências da disciplina Ensino de Geografia e Estágio de Vivência 6EST01 do curso de Geografia matutino da Universidade Estadual de Londrina do qual é ministrada pela Profª. Drª. Rosely Sampaio Archela, estarão sendo feitas algumas reflexões acerca do estágio de observação de aulas de geografia no ensino fundamental.
Este trabalho foi realizado no Colégio Estadual Professor José Aloísio Aragão no município de Londrina. Tivemos a feliz oportunidade de observar as aulas do professor responsável pela disciplina Anderson Alex Mazieri.

Palavras – chave: Ensino de Geografia, Observação de Aulas, Escola Pública, Professor.

Introdução

O presente relatório tem por objetivo apresentar os resultados e apontamentos referentes ao Estágio de Vivência desenvolvido nos dias 24 á 28 de novembro de 2008, realizado no Colégio Estadual Professor José Aloísio Aragão, localizado na Rua Piauí n°720, centro, no município de Londrina, com a autorização do Prof° Anderson Alex Mazieri. O estágio acompanhado a alunos de 2° C e do 3° A, 3°B. 3°C, e 3°D do ensino médio, no período da manhã. Este estágio faz parte das exigências da disciplina 6EST01 Ensino de Geografia Estágio e Vivência Docente , ministrada pela professora Rosely Archela. Não queremos com este relatório avaliar professores e alunos em relação aos aspectos qualitativos dirigidos a ambos e sim direcionar sobre os seguintes aspectos: as condições da estrutura física do colégio, a relação professor-aluno, os conteúdos geográficos abordados em sala entre outros apontamentos que serão discutidos ao longo do relatório.

1-Descrição das atividades observadas

No primeiro dia, 24/11, foi observada a turma do 2° C, cujo tema da aula foi “Políticas Raciais no Brasil”o professor utilizou um texto intitulado “A Formação da Sociedade Brasileira”, mas fala apenas da questão indígena, pois a aula demorou a começar devido a correção da tarefa, que a meu ver poderia ter sido mais rápida. Durante a correção da tarefa teve muita indisciplina da sala, mas logo o professor conseguiu o controle.No segundo dia, 25/11, observamos as turmas do 3°C, 3°A e 3°D, com tema “América do Norte”, o professor falou sobre o último trabalho a ser feito sobre os blocos econômicos: Nafta, Mercosul e Alça, que poderia ser feito individual, em dupla ou em trio, o que facilitou bastante a vida escolar dos alunos pois eles ainda teriam outras provas e outras disciplinas. Foi também marcada a ultima prova de Geografia e a data da recuperação. Houve um pouco de indisciplina durante as aulas, mas nada que o professor não pudesse controlar.No terceiro dia, 26/11, observamos a turma do 3° B, com o tema “América do Norte” foi uma aula bem tranaquila.No quarto dia 27/11, observamos a turma do 3° A e do 3°B, com o tema “América do Sul”, na turma do 3° Atinha muita conversa, que fez com que o professor ameaçasse um grupo de alunos de colocar para fora, pois tinha muitos alunos interessados na aula e eles estavam atrapalhando.No quinto dia 28/11, observamos a turma do 2°C, 3° C e do 3° D,na turma do 2° C o tema foi”Cultura Afro-brasileira”, onde os alunos se mostraram bastante interessados pelo tema e na turma do 3°C e do 3° D foi da a aula com a temática” América Central” e tirada algumas dúvidas para a prova.

2-Descrição das instalações da escola

Para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem requer condições físicas necessárias para o desenvolvimento da prática educacional, notamos que em relação a esse quesito o colégio satisfaz essa necessidade para realização efetiva dessa prática como, salas de aulas equipadas com carteiras e cadeiras conservadas, lousa, ventiladores, ou seja, recursos básicos para propiciar condições necessárias tanto para os alunos e os professores. O Colégio possui em cada sala de aula vídeo, televisores, pra que ocorra uma maior dinamização entre aluno e professor com relação a matéria apresentada. A biblioteca é bem equipada com bons livros, mapas e ao lado tem uma sala de informática, não há retro-projetores ou data shows, não estamos com isso querendo idealizar uma escola perfeita, a nosso ver, as condições são boas em relação às outras escolas públicas que se tem conhecimento no país, que são basicamente sucateamento e baixa qualidade do ensino público e gratuito.

3- Relação aluno-professor

A relação professor-aluno se apresentou de forma geral adequada um relacionamento descontraído e amigável, havendo respeito mutuo nos momentos de descontração e explicação dos conteúdos pelo professor, no qual sua interação com os alunos se processou.ConclusãoFizemos aqui um breve relato com relação ao nosso nosso primeiro contato com a sala de aula, por meio do estágio de vivência,falamos a cerca das condições físicas da escola, a relações professor-aluno e aluno-aluno, além da forma de abordagens de conteúdos geográficos.O estágio foi de foi muito importante, porém 10 horas é muito pouco pra a busca da compreensão de ser professor.Com está experiência procuramos fazer uma discussão em sala de aula juntamente com o professora pra que possamos melhorar cada vez através das experiências trazidas pelos nossos companheiros.

A importancia do desenho no ensino-aprendizado do aluno.

O presente artigo nasceu como proposta da disciplina “Estágio e Vivência Docente” ministrada para os alunos do curso de licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Campinas. Ficou sob nossa responsabilidade desenvolver alguma atividade pedagógica que pudesse ser aplicada a alunos de ensino fundamental de 5ª a 8ª série, e que fosse capaz de buscar na prática do desenho uma possibilidade de auxiliar as crianças a assimilarem os conceitos da disciplina de Geografia.
O trabalho foi realizado com base nos resultados da pesquisa realizada pelo Departamento de Geociências Aplicadas ao ensino, do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas. A pesquisa, publicada por Clézio Santos, privilegia o desenho do aluno enquanto representação do conjunto de seus pensamentos, de seu conhecimento sobre o mundo e de sua visão da paisagem.Desde os primórdios da Geografia, quando os estudiosos não dispunham de instrumental-técnico variado para realizarem seus trabalhos de campo, o desenho já era utilizado, através dos crokies para registro da paisagem. Quando uma criança desenha uma determinada paisagem, ela registra em seu desenho gráfico não apenas os objetos captados por suas retinas, mas a forma como vêem esse objetos é fruto de seu arsenal cultural e de seus conhecimentos prévios.
"Trabalhar com os desenhos é trabalhar com novas formas de ver, compreender as “coisas” e verificar-comprovar as próprias idéias. O indivíduo, quando desenha, expressa uma visão e um raciocínio". (SANTOS, p. 195)As pesquisas de Vygostsky vão se aprofundar no estudo do desenvolvimento do conhecimento. O autor procurou entender ocorre o processo de formação de conceitos na mente da criança. Contudo, após formar o conceito, por mais abstrato que este seja, os conceitos sempre são relacionados a alguma imagem, e quando criamos um conceito criamos também uma imagem dele, ou seja, relacionamos os conceitos à objetos existentes no espaço.
Dentro desta perspectiva o desenho se torna fundamental para conhecer a criança e ter acesso a todo o seu arcabouço de conhecimentos. É de extrema importância para o professor conhecer os seus alunos para então escolher a melhor forma de trabalhar com o grupo, afinal os alunos enquanto seres humanos são também seres sociais, e quando chegam à escola já carregam um conjunto de conhecimentos e percepções da realidade que o circunda.
"[...]qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem que sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começaram a estudar aritméticana escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidade. "(VYGOSTSKY apud SANTOS, p. 205)
Entendendo a representação gráfica como instrumento para entender o universo da criança, procuramos inserir esta prática na aula de Geografia, para que o professor antes de ministrar seu conteúdo já programado analise as deficiências e as realidades em que vivem seus alunos.
"O desenho, como idéia, estimula vários fenômenos psicológicos importantes, que caracterizam o desenvolvimento mental e gráfico dos alunos. Estes representam suas opiniões sobre o mundo e, nem sempre, apenas suas imagens retinianas." (SANTOS, p. 206)
Como exemplo, vamos utilizar uma aula sobre as relação sociais dentro da cidade e a organização urbana. Antes de iniciar o conteúdo o professor poderá pedir a seus alunos que desenhem o trajeto de casa até a escola. O objetivo da atividade é conhecer as origens do aluno; saber de qual bairro ele vem; se ele tem contato direto com os problemas infra-estruturais da cidade; se ele precisa se utilizar de coletivos para chegar até a escola.
Ao analisar o desenho podemos tentar verificar se este aluno enxerga os problemas urbanos como desigualdade social e problemas de moradia. A questão ambiental também pode ser analisada através do desenho, em que perspectiva o aluno entendo os recursos naturais urbanos?
Em relação às questões agrárias o desenho pode ser muito importante, pois muitas vezes os estudantes das áreas urbanas não têm noção alguma de como se configura o campo e as pequenas propriedade, o desenho pode evidenciar esta carência, que irá requerer do professor um esforço em construir na mente do aluno a paisagem rural.
A nossa proposta pedagógica não se limita ao desenho, propomos também ao professor que marque em um mapa da cidade os lugares onde moram cada um dos alunos, afim de se fazer uma reflexão sobre as dimensões do espaço: quem mora mais longe? Quem mora perto de um rio? E a partir dessa delimitação trabalhar os problemas urbanos e ambientais, a partir da experiência dos alunos e das paisagens que estes já conhecem.
Quando o aluno desenha ele pensa na realidade já observada e reflete sobre a mesma:
"O desenho é a representação de uma imagem, ou de várias imagens, criando um pensamento complexo. A gênese dos conceitos, sejam eles cotidianos ou científicos, permeia o ato de pensar" (SANTOS, p. 206)
Além da linguagem o desenho também pode ser utilizado como instrumento para dar “ouvir” o aluno, pois o desenvolvimento do conhecimento escolar não é formado em mentes vazias, mas sobre pré-experiências de vida, que determinam a forma de entender a paisagem, o lugar e os territórios.

Oficina de materiais didáticos-pedagógicos.

Com o objetivo de fazer os alunos refletirem nas diferentes paisagens que existem dentro de uma cidade, bem como sua diferenças estruturais e sociais, aplicamos a seguinte atividade:
-Mapa de Londrina.
-demarcação dos locais onde cada aluno mora.
-Cada aluno desenha o seu bairro.
-Em grupo, os bairros são apresentados aos colegas e os desenhos explicados.

Para a construção do Recurso didático, que no caso é o Mapa da cidade, utilizamos os seguintes materiais:

-Mapa: O Rio da Minha Rua.
-Cola;
-Cartolina;
-persevejos;
-pequenos papéis recortados em tamanho pequeno;

O Mapa, retirado do jornal O Rio da Minha Rua e colado sobre a cartolina. Um por vez, os alunos vão dizer ao professor em que bairro moram. Escrevem seus nomes nos papéis, e eles mesmos tentam localizar sua casa no mapa da cidade. O papel é fixado com os persevejos.
A atividade é ideal para escolas da região central que em sua maioria agregam alunos dos mais variados bairros.




Parametros Curriculares Nacionais(PCN's)

Tópicos da Introdução

Os PCN’s tem a finalidade de nortear o ensino visando a construção de uma educação voltada para a cidadania.

-Inclusão social de alunos portadores de necessidades especiais
-Procura definir o papel da escola na sociedade e suas formas de atuação, criando um currículo mais voltado para os temas: ética, meio ambiente, orientação sexual, Pluralidade Cultural, Saúde, Trabalho e consumo.
-O PCN é dividido em ciclos correspondentes a dois anos de escolaridade no ensino fundamental.
-O PCN vai enfatizar a importância do uso das novas tecnologias de comunicação como instrumentos de ensino em sala de aula.
-O PCN aponta a necessidade de apoio à escola por parte das diversas instâncias administrativas do governo.
-O conhecimento adquirido na escola deve servir para a inserção do aluno no mundo, tornando-os cidadãos.
-Buscar desenvolver as múltiplas inteligências do aluno.
-Ir além das técnicas tradicionais de ensino.
-evidenciar a necessidade de abordar os temas transversais.Questões acerca dos temas transversais.
-De acordo com os PCN’s o conceito de transversalidade não se reduz à interdisciplinaridade.

Os temas transversais não são apenas temas interdisciplinares, eles são temas referentes a vida social do aluno e ao contexto no qual o mesmo esta inserido.
Esses temas, são chamados interdisciplinares por serem abordados por várias disciplinas, mas vão além dos bancos escolares na medida em que dizem respeito ao tocante na vida social do aluno, buscando prepara-lo para uma atuação social mais plena.
-Quais são os temas transversais?
Ética, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo, Pluralidade Social.
-Qual a fundamentação teórico-metodológica para a área de Geografia do PCN?
A fundamentação teórico-metodológica é bastante eclética, contudo tem uma tendência fortemente voltada para as chamadas: “Geografias Pós-Modernas.”